Estudantes italianos realizam protestos em todo o país por mudanças na educação

Movimentos estudantis italianos promoveram nesta sexta-feira (07/10) cerca de 90 passeatas em todo o país para protestar contra a situação das instituições de ensino e os cortes de investimentos no setor.
A União dos Estudantes divulgou uma nota ressaltando que "40% das escolas não possuem certificação de idoneidade escolar, 47% dos jovens não têm trabalho registrado, 29% estão desempregados e o governo cortou os recursos para as bolsas de estudo de 94,75%".
"Estamos nas ruas para reafirmar a nossa contrariedade a uma política de cortes contínuos contra a formação educacional, e de reformas impostas de cima para baixo", criticou a entidade.
Em Roma, as manifestações comprometeram o trânsito da cidade e alguns grupos estudantis invadiram estações de trens e de ônibus. Os jovens também lançaram bexigas com verniz contra os policiais.
Na capital financeira da Itália, Milão, os estudantes protestaram diante de várias instituições, entre elas a sede do Bankitalia. Um grupo ainda tentou invadir o escritório da agência de classificação de risco Moody's, que rebaixou nesta semana o rating soberano da Itália em três níveis, de A2 para Aa2.
Atualmente, a Itália passa por uma crise financeira e o governo já aprovou dois pacotes para conter a dívida pública, que chega a 120% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Durante as passeatas, os jovens criticavam o endividamento do país, dizendo: "a dívida não é nossa, a crise não é nossa".
Os dirigentes do movimento estudantil, por sua vez, ressaltaram que as manifestações também têm o objetivo de reivindicar um melhor sistema de ensino. Eles prometeram apresentar propostas ao governo que englobam o direito ao estudo e a didática alternativa.
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