Juiz e Promotoria cobram solução para evasão escolar em SP

Preocupados com a "inoperância" do poder público em evitar que as crianças abandonem a escola, um juiz da capital paulista e o Ministério Público decidiram cobrar a rede pública a "reverter o quadro de evasão".
A informação é da reportagem de Fábio Takahashi e Natália Cancian publicada na edição desta quinta-feira da Folha.

De acordo com o texto, a ação começou com documento enviado à Promotoria pelo juiz da Vara da Infância de São Miguel Paulista (zona leste), Alberto Gibin Vilela, que relata "inoperância dos mecanismos municipais para coibir evasão" e solicita "providências para compelir o poder público a assumir suas responsabilidades".

Segundo a lei, quando uma criança começa a faltar, o diretor da escola deve avisar o conselho tutelar. Caso o problema não seja resolvido, a Justiça deve ser acionada. Conselheiros tutelares dizem, no entanto, reclamam que as escolas demoram a comunicá-los e dizem que suas estruturas são insuficientes para atender a todos.

Em resposta ao ofício do juiz, o Grupo de Atuação Especial de Educação da Promotoria abriu mês passado inquérito para "perfeita apuração e combate à evasão escolar" em São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo e Itaim Paulista, áreas da zona leste com baixos indicadores socioeconômicos. A medida pode ser ampliada.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Crianças brincam no parque Chico Mendes, na zona leste de São Paulo, próximo a escolas da região
Crianças brincam no parque Chico Mendes, na zona leste de São Paulo, próximo a escolas da região

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